Não sei aonde errei. Quebrei a cara;
A dona não se cansa de dizer
Que toda noite espera por prazer,
Que a roupa transparente me escancara.
A jóia que eu pensei fosse mais rara,
Agora só consegue esmorecer
Castelo consumido ao bel-prazer.
Balançando não cai, mas desampara.
Mudando o seu discurso, a moça ingrata,
Usando de metáfora arremata
Jogando o que restara pelo chão.
Após mais uma noite de fiasco,
Eu sei que tento tanto e afinal masco,
Prometeu me levar pro paredão...
MARCOS LOURES
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