Ainda quando a senda se pereça,
Não devo mais seguir sangrando à tona,
O tempo noutro instante me detona,
Fazendo do passado o que mereça.
Mereço presumir o quanto quis,
Prenunciando a senda aonde seja,
E toda a sorte dita o que deseja,
E nisso não seria o que é feliz.
Repare bem e possa transformar,
Negar a vida a quem presume,
Embora a própria sina, se resume,
Dormindo ao léu o quanto delirar,
Mas quero algum descanso e nada mais,
O barco sem destino; nega o cais...
MARCOS LOURES
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