A vida mostraria o quanto resta
Do peso de uma vida sem destino,
E tento descobrir, como um menino,
Deixando perceber alguma fresta,
E sei do meu desejo e nada mais,
Aonde beira após o meu abismo,
E quando em solidão, deveras, cismo,
O mundo desafia o mesmo cais,
Errático vagando sigo só,
Mostrando o que teria outro momento,
Levando ao mar deixando o próprio vento,
Restando tão somente, o mesmo pó.
Marcando em cicatriz o que procura,
Aonde não pudera e não se cura...
MARCOS LOURES
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