Matando a cada instante algum futuro,
Saber da história dita o quanto vês.
E nisto outro momento sei talvez,
Percebo o que concebo passo escuro.
O solo que plantaste, segue duro,
A luta destroçando a insensatez,
E o verbo sem sentido, e não crês.
Quebrando cada instante novo muro.
E assim destroça novos dias, cego.
E quando noutro engano, eu me entrego,
Servindo a quem pudera ser a fera
Gravando cada espinho, a porta espúria,
Sangrando sem sentido, apenas fúria,
E a vida marca o passo, e nada espera...
MARCOS LOURES
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