Na terra de Cabral, nada fazer,
Abrindo suas portas, sem futuro,
Vivendo na esperança o tempo duro,
E o peso se carrega sem poder.
Cedendo os velhos portos, o desdém.
E nada valeria novo sonho,
E quando penso apenas me proponho,
Somente o que deveras se convém;
Resquícios da semente, cada grão?
A forca farta em gozo noutro engano,
Entrando sem saída pelo cano,
Respostas na verdade é sempre o não.
E posso acreditar? Jamais seria,
Feliz a fome dita a cada dia...
MARCOS LOURES
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