Gentis desejos trago quão mereça,
Quem vaga sobre estradas sem descanso,
E quando noutro passo, sempre avanço,
A trama se perdendo em cada peça;
E vejo destroçando o quanto bebo,
Tomando noutro instante a sorte espúria,
E tanto que pudera a velha fúria
Meu gozo se mostrasse qual placebo,
E restos dos meus vagos desenganos,
Os olhos da pantera se apresenta,
E o tempo noutro engodo me apascenta,
Deixando sem sentido os velhos planos.
Desemboco na foz que nunca traz,
O olhar suave me mostrando, audaz...
MARCOS LOURES
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