Nascerão nem sequer quem possa ter,
Resquícios de outros dias que não veio,
E quando na verdade, mais receio,
E bebo neste instante o nada haver.
Nos vórtices da vida que pudera,
Tramar tantas loucuras, são comuns,
Meus olhos tantas vezes, ditam uns,
E vago sem destino, e nada espera,
Recolhe-me presumo ao que não possa,
E vivo dos meus erros, agradeço,
E tanto que se saiba, outro endereço,
Sobrando talvez mesmo, a velha fossa.
Marcando em tatuagem, cada esgoto,
O meu olhar se molda, velho e roto...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário