Meninos quantas vezes procurasse
Apenas o que possa me trazer
A vida não pudera ter prazer,
A morte em vida, tudo ao fim grassasse,
Espero pelo menos me buscasse,
Olhando sem sentido o quanto ter,
Voltando noutro instante, o conceber,
Nem mesmo a farsa dita alguma face.
E sigo sem destino, inebriado,
Versões entre diversas luas mortas,
Fechando a cada dia, tantas portas,
E o templo sanguinário lado a lado,
Restasse algum momento e nada exista,
Minhas mãos; arrancas; não insista...
MARCOS LOURES
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