A fome quando gera em tal riqueza
Trazendo a massa doma estupidez,
Tocando pelo gado, que tu vês,
Na morte concebida, essa beleza.
Não quero mais pensar nem a tristeza,
Aonde se imagina a cupidez,
Jamais terei, nem quero a nova tez,
Bebendo desta sorte, outra leveza,
Remanso? Nem sequer. Somente resta,
Ao menos carnaval, quem sabe festa,
Lavando a podre sala, ao fim confiro,
Deixando a podridão domina quem
É mais do que se possa ser alguém,
A taça desenhando outro vampiro...
MARCOS LOURES
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