Sonho que, soberano e tão suave
Durando minha vida não refaço.
Espero que vagueie minha nave
Em toda imensidão do teu espaço.
Na grota das esperas sem futuro,
Revivo cada gota do perdão
Que parco, sem saber, saltando o muro,
Desaba e já desanca o coração.
Mostrando os velhos dentes que não mordem,
A corda que prendia, se arrebenta...
As garras que me cravas não mais ardem,
Apenas nossas mágoas, água benta.
Eu vejo teu sorriso mais ditoso
Nas horas que vivemos franco gozo...
MARCOS LOURES
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