DEIXA O AMOR...
Penumbras me atraíram; disso eu sei,
Por entre as avenidas mais sombrias,
Eu mergulhei nas minhas poesias,
E os sonhos que restavam, enterrei.
No féretro dos sonhos, me esbaldei,
Irrompem as distantes melodias,
E quanto amor tu me darias,
Decerto mal sabias; te odiei...
Eu quero esta amargura que me inspira.
Já não suporto mais o amor perfeito,
Se em meio a tais sangrias me deleito,
Acendo dos meus túmulos, a pira.
E quanto mais distante do desejo
Maior a placidez que ao longe vejo...
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