Acreditar no Deus que me impingiste
Com toda uma incerteza mais atroz
E ter nas mãos o olhar do velho algoz
Que tanto quanto possa ainda insiste,
O velho caminhar de um sonho triste
Calando desde sempre qualquer voz
E o mundo se desdenha sobre nós
Marcando com certeza o que resiste.
Não quero sequer sombras do que fomos,
E sei que na verdade nada somos
Senão as mesmas faces sem respostas,
E as mesas entre engodos e promessas
Ditando o quanto trazes e começas
Negando o que deveras sei que apostas.
Marcos Loures
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