Castrados pela vida e pela espera,
Não sabem mais se vão ou permanecem...
Se submisso ao leão, finge-se fera
E os pobres dos cordeiros já padecem...
Desfolha totalmente a primavera
As rosas despetala e já fenecem...
Porém ao ver os tigres numa espera,
Baixando os olhos meigos obedecem...
Eunuco que se esconde, disfarçado,
Um gigante na audácia, mas anão
Os pobres que conhecem tal castrado,
Pisando, maltratando, este infeliz
Aos trancos e barrancos, bofetão,
No amor e na amizade, meretriz!
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