Deixarei suas curvas rio amado,
De suas águas claras, vou ausente.
Formado em tanta lágrima, pressente,
Que a seca irá chegar sem dar recado.
De tanto que chorei desesperado,
As mágoas alimentam tal corrente
Que forma, de tristezas, a nascente
Do rio que deságua no passado.
Alimentado pela tua ausência,
O pranto da saudade nunca pára.
Viver sem te encontrar é penitência.
A lembrança de tua companhia
Jorrando nas cascatas, vida amara,
Salgando todo o mar de uma alegria...
Nenhum comentário:
Postar um comentário