Nunca ninguém que te conhece pensa
Nas tuas cicatrizes, nos teus lanhos.
Éramos; sem sabermos, dois estranhos,
A quem sorria a morte, clara e densa.
Vivíamos em fuga, atroz ofensa,
Computando agonias como ganhos
Me embebia nos olhos vis, castanhos,
Não sabia sequer desta descrença.
E lavava a minha alma no fastio.
Deixava-me levar, pútrido rio,
Sem pensar que as correntes me sugavam.
Tuas linfas, quais ninfas, me excitaram,
Em andrajos depois, nada deixaram.
Criaturas insólitas se amavam...
Nenhum comentário:
Postar um comentário