Saudade do quem nunca veio aqui
Bebendo deste nada, o nada eu crio
Rasgando a fantasia que não vi,
Encontro no meu peito tal vazio.
Saudade tão gostosa deste bem
No beijo que esperei e nunca veio.
Roçando a sua pele, sei que alguém
Tocou sua beleza, boca e seio.
Agora na procura cega e vã
Prossigo noite inteira num capricho.
Talvez na minha cama no amanhã,
Encontre esta nudez, divino nicho.
Mas tenho esta saudade que domina,
Tesouro de um amor que me extermina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário