sexta-feira, 23 de março de 2012

Tua visita; aguardo toda tarde,

Tua visita; aguardo toda tarde,
E não me cansarei nunca da espera,
Sentir o corte fundo, uma cratera
Aberta no meu peito, cruel, arde.
Sinto teus passos, tremo, falso alarde.
Meu coração dispara e desespera.
Mas mudo, fixo olhar e esta tapera
Vazia continua. Dor covarde.
Quero tanto os teus braços; Porém.. Nada...
Tua ausência; mortalha assim criada
Por esperanças tolas, velhas crises...
A minha boca sonha com teu beijo,
Mas te buscando, tonto, nada eu vejo
Somente o teu retrato... E nada dizes...

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