AS LUZES QUE BUSCARAS
Orvalhos matinais enquanto a sorte
Depositando neves dores trama,
E quando imaginasse nova chama,
Apenas em granizo outro suporte,
A luta que deveras não conforte,
O preço a se pagar, a farsa e o drama,
No tanto que lutando nada clama
Senão a mesma voz ditando o corte,
Mas tudo tem seu fim, imaginara,
Porém aumenta sempre a mesma escara
E a vida se demole a cada não,
Nem mesmo se o verão voltar, deveras,
Terás a imensidão que em vão esperas,
As luzes que buscaras não virão.
Marcos Loures
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