BELA ESCOLHA
As flores matinais, a primavera
Depositando apenas outro engano,
E nada do que possa em soberano
Momento onde esse nada degenera,
Resenhas mais diversas, a insincera
Palavra que se mostra em mais profano
Desejo que pudera em rude plano
Tomando a sensação que em dor impera,
Não mera sensação esmera o passo,
Trapaças que esta sorte desenhara,
Tornando uma alegria bem mais rara
E quando, em torpes linhas, hoje eu traço,
O olhar que se mostrara esquizofrênico,
Restando ora escolher: cicuta? Arsênico?
Marcos Loures
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