CEVA INÚTIL
Semeasse entre os ermos e desertos
Ao menos o que fosse uma esperança
E tanto quanto além o passo avança
Os mundos já seriam mais incertos,
E vejo os horizontes quando abertos,
Na farsa feita em falsa temperança
Marcando o quanto queira e não se alcança
Na mansa sensação de sóis despertos,
Fieis outros anseios e talvez
O quanto na verdade se desfez
Refaça a cada face em claridade,
Não quero outro momento nem tampouco
O tanto que se faça muito ou pouco
Enquanto o dia a dia se degrade.
Marcos Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário