Longínquas melodias
Longínquas melodias; sinto ao menos,
Os tempos mais diversos e sutis
Deixando para trás o quanto eu quis
Os olhos não seriam mais amenos,
Bebendo em tua boca estes venenos
Talvez seguindo a vida por um triz,
O quanto se perceba em cicatriz
Não mais traduz anseios rudes, plenos.
Explicitando em verso a vera história
De quem se fez em trama ora ilusória,
Mesquinha farsa; agora me apresentas,
Revoltos pesadelos, madrugadas,
E as duras sensações já tão cansadas,
Traçando as mesmas rotas violentas.
Marcos Loures
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