NOSSO RITO
Adentro no teu quarto, em tua cama,
E roço tua nuca, em minha barba,
Provoco tua pele, nossa chama,
Tua defesa cede e assim desaba.
Subindo na parede, em viva rama,
A noite assim começa, assim acaba
No fogo que nos toma e cedo inflama,
No quarto, na tapera, lama ou taba,
Num alvoroço insano que não para,
As mãos tocando os seios devagar,
O mapa do tesouro se escancara
E vamos num passeio ao infinito,
Sorvendo cada gota deste mar,
Na delícia deste encanto, nosso rito...
MARCOS LOURES
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