O MEDO DE MORRER
O medo de morrer que me tocava
Causando em minha vida um fundo corte,
Transmuda-se em desejo bem mais forte
De um jeito que jamais imaginava.
Estúpido; nas ruas ,quando andava
Nas madrugadas frias, cheiro forte
Da podridão de uma alma que recorte
Os sonhos em que, tolo, eu me banhava.
Nos goles da aguardente, confissões,
Esparsas cicatrizes se acumulam,
Invés de porta aberta, paredões;
Em troca de um sorriso, cusparadas.
Somente as podres bocas que me osculam
Se mostram mais amigas, camaradas...
MARCOS LOURES
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