OCASO E CAOS
Percebo o fim de tudo e; na verdade,
O ocaso traduzisse o mesmo caos,
Na vida que se perde em tantos graus
Discernes o tormento enquanto brade
Na fúria da mais rude tempestade,
Espreito outros cenários, todos maus,
E sinto sem destino estes degraus
Enquanto a solidão decerto invade,
Restauro outros anseios costumeiros
E mesmo quando veja nos cinzeiros
As sobras do meu mundo em câncer, morte,
Olhando para além trazes mormaços
Enquanto os horizontes toscos, baços,
Não há mais nem um braço que conforte.
Marcos Loures
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