UM VÃO ESPECTRO
Somente um vão espectro vaga à toa,
A podre geração deste infeliz,
Na qual a Natureza se desdiz,
E a voz de Satanás, ali ecoa,
O sangue que em tais vermes, segue, escoa
Nem mesmo como esterco a Terra quis,
Na fúria de uma louca meretriz,
Atingindo o planeta em plena proa;
Orgânico fantoche repugnante
Julgando-se de todos; dominante
Destrói a própria nave que governa.
Enquanto o Deus supremo entorpecido,
Vendo nosso destino assim cumprido,
Onipresente apenas dorme, hiberna...
MARCOS LOURES
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