segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

UM VÃO ESPECTRO

UM VÃO ESPECTRO

Somente um vão espectro vaga à toa,
A podre geração deste infeliz,
Na qual a Natureza se desdiz,
E a voz de Satanás, ali ecoa,

O sangue que em tais vermes, segue, escoa
Nem mesmo como esterco a Terra quis,
Na fúria de uma louca meretriz,
Atingindo o planeta em plena proa;

Orgânico fantoche repugnante
Julgando-se de todos; dominante
Destrói a própria nave que governa.

Enquanto o Deus supremo entorpecido,
Vendo nosso destino assim cumprido,
Onipresente apenas dorme, hiberna...

MARCOS LOURES

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