quinta-feira, 30 de maio de 2013

COTIDIANO



COTIDIANO

O corpo exposto em ruas e vielas,
A morte se escancara em gargalhadas,
Sujando em podridão nossas calçadas
Que, com certeza não servem de capelas,

A fétida noção destas querelas
As avenidas sempre emporcalhadas
Merecem ser de fato bem tratadas
No máximo deixassem arder velas...

E o rabecão não chega; imunda cena,
E a própria hipocrisia nos condena,
Cabendo à prefeitura a imensa falha,

Rapineiras servidas, refeição,
E nada do maldito rabecão
E o cheiro de outro Cristo, além se espalha...

MARCOS LOURES

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