TANTO TEMPO
Tanto tempo e nada veio
Nem sementes nem espaço
O meu muno que ora traço
Traz apenas tal receio
Do momento em devaneio
Do caminho em tal cansaço
Desta ausência de um abraço
A verdade em tom alheio,
O que possa ser diverso
Do cenário aonde eu verso
Há palavras sem proveito,
O que possa divisar
Entranhando a divagar
Onde insone, tento e deito.
MARCOS LOURES
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