MORTE EM PAZ
Não há medo que trágico me arvore...
Nem as sombras dolosas deste mal...
Não há sentido vão que me apavore,
Nem beleza que seja maioral.
Nem meus restos findados que fascinem,
Nem pelejas que perco tentadoras..
Não há novas paixões que me iluminem...
Nem distâncias cruéis. São amadoras.
A noite que se finda trouxe pranto.
Velaste por um corpo que não houve...
A voz noturna pede um velho canto...
As auroras perguntam onde estás?
Não tendo neste altar quem mais eu louve
Espero pelo menos, morte em paz...
Marcos Loures
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