SEM SENTIDO
Navego sem sentido mar afora
Bebendo de um naufrágio dito vida,
A luta há tanto tempo já perdida,
Apenas solidão, retorna e aflora,
O quanto se desdenha sem demora,
Encontra na mortalha uma saída
E bebo esta ilusão que enquanto agrida
Meu sonho; no vazio, desancora.
Ecléticas poesias, poderia
Dizer de outro cenário em utopia,
Vasculho em meus caminhos, cada rastro,
E sinto o quanto pesa a inércia espúria,
Vagando sem sentido e sem lamúria,
Há tanto neste passo atroz, me alastro...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário