SEM SABER SE EXISTE PORTO
Navego sem saber se existe porto
E o canto se aproxima do final,
Meu verso como fosse a turva nau
E nele se traduz somente aborto,
Ainda que pudesse semimorto
Vencer quanto pude em ritual
A luta se aproxima em lance tal
Moldando este cenário turvo e torto.
Apenas sou assim e não renego
O quanto alimentara sempre este ego
A fantasia audaz e o medo em vão,
Depois de certo tempo em primavera
A vida na verdade destempera
Marcando o dia a dia, ingratidão.
MARCOS LOURES
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