Firmando a cada passo mais os pés
Não deixo me levar pelos modismos,
Tampouco me exporei aos cataclismos,
Não quero nem algemas nem galés.
Apenas não suporto tal viés
Deixando a poesia sem batismos
Nem mesmo suportando novos sismos
Soneto merecendo rapapés.
Ourives sem as gemas não produz,
Agora escuridão sonega a luz
E o que era decassílabo se esgota.
Não tenho paciência para tanto,
O esgoto traduzindo desencanto
O terno entre bermudas se amarrota...
MARCOS LOURES
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