Abandonando agora este caminho
Que outrora se fizera mais seguro,
O medo do presente e do futuro
Invade sem defesa o velho ninho
E quando do final eu me avizinho
A sorte caprichosa eu emolduro
Por sobre cada passo, salto o muro
E vejo que inda estou muito sozinho.
Deveras deveria ter nos olhos
Além das urzes, pedras, dos abrolhos
A pura perspectiva de uma flor.
Mas quando vejo em volta a negação
Volvendo à realidade desde então
Mudando a minha história bebo a dor...
MARCOS LOURES
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