Quisera caminhar por outras sendas
Aonde houvesse luz entre cascatas,
Adentro sem saber terríveis matas
Segredos que tampouco tu desvendas,
Nos olhos embotados, frias vendas,
Um tanto carinhosa me arrebatas;
Mas logo vil pantera tu me matas
E deixas no lugar amargas lendas.
Serenas serenatas do passado
No olvido não serão mais relembradas
As noites que pensara enluaradas
O tempo segue agora em vão, nublado.
Morrendo entre teus dentes doce fera,
A vida noutra senda regenera...
MARCOS LOURES
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