Se nada mais restar o que farei?
Seguirei meu caminho tolamente,
Em busca do que sempre imaginei,
Sabendo que não trago nem semente...
Bastam-me sentimentos, meio a esmo,
Vivendo o que não tenho, nem teria.
Não sou e não serei mais o mesmo,
Adormecido e curtido em noite fria...
Não falo mais de certezas que não tenho,
Nunca tive e sequer poderei ter.
Do mundo sem futuro de onde venho,
Apenas a certeza de morrer.
Abraço teu fantasma, mas não vejo.
Amor que tanto fora meu desejo!
marcos loures
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