quarta-feira, 3 de março de 2010

MOCIDADE

Mocidade! Afastando-se de mim
Somente uma lembrança do que outrora
Fizera em esperança aonde ancora
O barco cujo cais não teve o fim

Que tanto desejara. O meu jardim
Em outras cores mórbidas decora
A realidade atroz que me devora
Sonegando o passado de onde vim.

Mudanças tão comuns em nossas vidas
As ânsias transformadas, despedidas...
E o medo tão somente ora me invade

E morta sem qualquer sinal de glória
Ao apagar das luzes, na memória
Os restos do que fora mocidade...

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