sábado, 20 de novembro de 2010

50511 a 50520

50511

O quanto um carniceiro
Caminho se desenha
Aonde nada venha
E o tempo é derradeiro
E tento outro luzeiro
A vida dita a lenha
E nada mais convenha
A quem se fez cordeiro,
Jamais eu pude crer
No raro amanhecer
Em meio às tempestades
Destarte já não trazes
Sequer as duras fases
E em vão vazia, evades.

50512

O quanto diz a guerra
Sem ter sequer motivo
E quando enfim me privo
A solidão desterra
O corte onde se encerra
O tempo este cativo,
Nos erros que cultivo
O passo em vão se emperra.
Já nada mais tivesse
Sequer a sorte em messe
Ou nova garantia
Apenas o vazio
E sei do quando crio
Ou nada mais teria.

50513

O quanto me ameaça
O passo sem sentido
E nisto ora duvido
Da sorte em vã fumaça,
A luta sendo escassa
O corte presumido
Aonde resumido
O medo rege e traça,
Acasos entre fúrias
Esperas; tais incúrias
Expressam solidão,
E sobra tão somente
A dor onde se sente
O verso em negação.

50514

O quanto da verdade
Pudesse ser diverso
Do todo onde disperso
O passo em falsidade,
Velha tranqüilidade
Apenas desconverso
E sei deste perverso
Cenário onde se evade
A luta sem fastio,
O corte onde recrio
O medo sem senti-lo
Ainda se eu pudera
Apascentar a fera
E ser bem mais tranquilo.

50515

O quanto a vida humilha
Quem busca libertário
Caminho, itinerário
Distante em nova trilha,
A luta compartilha
O tempo necessário
E rege o temerário
Momento onde se pilha
A nossa noite traz
Apenas o mordaz
Cenário aonde eu pude
Traçar a desventura
E o nada me assegura
Da vida amarga e rude.

50516

O quanto diz da crença
A sorte que não veio
E o tempo em devaneio
Já nada mais convença
A luta em desavença
O canto sem receio
O prazo onde rodeio
O todo que me vença
Navego em mar atroz
E nada diz da foz
Sem prazo e sem vontade,
Ainda quando luto
Apenas trago o luto
E a dor agora invade.

50517

O quanto me torturas
Com medos e tormentas
As horas mais sangrentas
As noites/amarguras,
O prazo onde procuras
As noites que tu tentas
Vencer as turbulentas
Vontades em loucuras,
Esqueço o passo e tento
Apenas um momento
De paz ou de calor,
Ainda mergulhara
Nas ânsias desta amara
Verdade a decompor.

50518

O quanto se renova
E nada mais pudera
Ousando sem espera
A sorte dita a cova,
E o medo gera a sova
Errática quimera
Marcando com a fera
A luta e nada aprova
Sequer o quanto pude
Embora seja rude,
Atrocidade imensa,
A luta se presume
Enquanto a cada ardume
Fortuna não compensa.

50519

O quanto em cativeiro
A vida nos traria
Matando a poesia
Num sonho costumeiro
E sinto alvissareiro
Desenho onde veria
A luta em agonia
Sequer sem um luzeiro,
Apenas nada tendo
Cenário diz remendo
E o vago nos domina,
O prazo determina
O quanto noutro adendo
Secara a velha mina.


50520

O quanto em turbilhão
Trouxesse algum alento
E quando o fim invento
Gerando imprecisão
Os dias não verão
Além do sofrimento
E neste meu tormento
Os cantos? Negação.
Aprazo algum descanso
E quanto mais avanço
Maior a queda em mim,
Depois de tantos anos
Apenas desenganos
O tempo dita o fim.

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