Na torre dos meus sonhos, altaneira,
A noite mergulhando em vago espaço,
Tocando levemente, num abraço,
Pressinto a solidão por companheira,
De todas as mulheres, a primeira,
Ferindo com sorrisos, medos, aço
Na marcha sem destino, eu me embaraço
Quem sabe uma esperança derradeira
Permita inda um sorriso, mesmo falso,
Amor vai preparando um cadafalso
Que leva à mais terrível das masmorras.
Quem sabe, minha amiga; me socorras
E deixe a solidão restar tão só,
Seria renascer em outro pó...
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