Nem sei mais dos meus sonhos, nem desejo...
As crateras abertas no meu peito,
Pertencem a um tempo já desfeito...
As bocas que beijava, já não beijo.
O tempo que perdi e agora almejo
Carcome todo o cerne, num defeito.
O tempo que sofri nem sei direito,
Faz tempo que guerreio que pelejo...
Nos trâmites normais perdi meu tento.
Nas partes que sobraram desse invento,
Meus sonhos se perdendo na amplidão
Nos risos da faminta multidão
As portas se fecharam num instante.
Meu coração vagueia vacilante...
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