Não mais que qualquer sonho em tal sangria
Esqueço versos velhos, dias rudes,
E quando noutro tanto tu me iludes,
A vida no final nada traria,
Sequer o que se faça em fantasia
Matando com temíveis atitudes
Momentos em supernas plenitudes
E o tanto que se traça em voz sombria,
O manto sempre roto da esperança
E o tanto onde derrota agora lança
Avança em noite espúria e sem proveito,
Ao menos pude ver o meu retrato
Na fonte aonde o nada ora constato
E sigo sem descanso e enfim me deito.
Loures
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