Nasceste em meio a urzes decompostas.
Esgoto que apodrece a céu aberto.
És serpe que envenena quando gostas.
Caminhas por latrinas, mar infecto..
A carne que te trai, devora em postas,
És aborto incompleto. Sei, decerto,
Das lanhas que já abriste em tantas costas.
Produzes com teus beijos, um deserto...
Meus dias ao teu lado, tristes lutos...
Descarnas os meus ossos com lambidas...
No pé, apodreceste tantos frutos.
Mataste vorazmente quem te quis...
As minhas mãos, em vão, vão decididas,
Cortar nossos destinos, infeliz!
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