Se teimo em te falar e não reclamo
Das pústulas marcando a minha pele,
Talvez seja por que, no fundo eu te amo,
Embora outro destino já me sele
E leve meu caminho, noutro ramo
Deste arvoredo cego que repele
E mostra a podridão em que me escamo
No riso de ironia que congele.
Teu cuspe de sarcasmo feito em beijo,
No corte de esperanças eu me aleijo
E mostro em gargalhada um imbecil.
Postulas cada pústula que destes,
Deixando nos meus olhos, óleos, pestes,
Sorrindo, mansamente tão gentil...
Nenhum comentário:
Postar um comentário