Por quanto tempo uma alma viveria
Sem saveiros, sem mares ou cavalos,
Quem sabe com certeza não diria
A sorte se escorrendo pelos ralos.
Passarei todo o tempo, em cada dia,
Perdido sem meus sonhos, vou buscá-los
Embora saiba até da zombaria
Minhas mãos necessitam destes calos.
Será que tenho tempo de voltar?
Rever a mocidade que se esgota,
Minha alma se perdendo, devagar,
Meu sangue se escorrendo além da cota,
Porém numa amizade a vislumbrar,
Quem sabe encontrarei, de novo, a rota?
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