Quem fez de tantas vidas zombaria,
Quem riu-se da desgraça que me toca...
Não pode nem passar sequer um dia.
Teu pensamento chega e já provoca.
Quem passa pela vida numa orgia
Não sabe se conter; vem, me desloca
O merencório luto é fantasia,
O peixe se escondeu em outra loca...
O ramo da oliveira, a pomba branca,
Mensagens esquecidas numa agenda.
O sangue que hemorrágico se estanca;
A vida merecia nova tenda...
Não quero conhecer a mesma banca,
Amores sem perdão virando lenda...
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