sexta-feira, 23 de março de 2012

Vieste do mar, domando minhas ondas;

Vieste do mar, domando minhas ondas;
Andas sobre corais, és minha nau...
És sonho e pesadelo. Crucial!
Mergulho-te profundo, lanço sondas;
Mas nunca te encontrei. N’outras redondas
Ilhas, atol, no pélago, n’astral;
Procuro por teus passos, nem sinal...
Nas horas mais difíceis, tuas rondas.
Os braços, cefalópode, m’agarras,
Prendendo sem saída em tuas garras.
Sufoca-me, rasgando inteiramente.
As âncoras perdi, cadê meu leme?
A vida qual tsunami, tudo treme.
Sufocando meu sonho, totalmente...

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