ANSIOSAMENTE
Quando ansiosamente a vida molda
As cenas mais diversas e sofríveis
Os erros se acumulam e, visíveis,
A trama em vaga farsa ora se solda,
Escárnios costumeiros, astros tontos,
Vestindo a imensidão que ora já dista,
E nada mais de fato traz o artista
Com olhos se vertendo em vários pontos.
Reduzo o quanto eu fora ao mesmo nada,
E singro o quando em vão não mais sentira,
Apenas se traduz noutra mentira
Marcando sem pudor cada alvorada,
Enquanto a insensatez tocando, açodo,
O mundo se desdiz de qualquer modo.
Marcos Loures
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