FIM DE JOGO.
Cumprida minha etapa, é fim de jogo,
De nada valeria prosseguir,
Refeito do que pude presumir,
O todo quando o faço é mero logro,
Restara tão somente este sepulcro,
E nele o decompor do que pensara
Outrora como fonte imensa e clara,
Agora para o nada, mero fulcro,
Republicando velhos elementos,
Os dias se transcorrem bem mais lentos
Com toscos alimentos, um caquético,
Do grão que o mundo leva para o ocaso,
Aceito com ternura este descaso,
Nos rastros de um soneto, ora esquelético.
Marcos Loures
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