Mergulhos em vão
Mergulharia em torno do que temo
E nisto serviria a solidão
Qual porto que pudesse desde então
Traçar na mesma sorte, corte e remo,
A morte enquanto nela em paz me algemo,
Os dias que, de fato, moldarão,
A mesma turva e amarga solidão,
Gerando a cada engano um novo demo,
Marcantes e medonhas garatujas
Enquanto com terror tu vens e sujas
Forjando o mais sombrio mundo; ocaso,
Estridulosas lutas entremeio
E nada do que molde o velho anseio,
Embora em quanto reste seja o acaso.
Marcos Loures
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