À Noite
À noite, entre perfumes mais diversos,
Desnuda sob a lua em seus fulgores,
Vagando com ternura em mil amores,
Corcéis adentram tantos universos,
Os dias, tantas vezes são perversos,
E sangras entre espinhos, raras flores,
A sorte desenhada em grises cores,
Momentos entre dores vão submersos,
Porém o sonho dita outro cenário
E o quanto se fizera imaginário
Presume tão somente o que não veio,
Na túrgida expressão de algum delírio,
Esquece o corriqueiro e vil martírio,
Nas mãos a percorrer rígidos seios.
Marcos Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário