Amizade?
Vivesse outra verdade quando a sorte
Encaminhando ao nada o quanto possa
Tramando a solidão quando se endossa
A luta sem sentido que a comporte,
Ainda feito em talho, o velho corte,
Mostrando a negação que se faz fossa,
Encontro o descaminho quando adoça
A boca de quem bebe inteira a morte,
Fluindo sem saber do que viria,
Enfrento o meu momento em agonia
E vasculhando uma alma nada sigo,
Sofrendo o desvario de quem ama,
Apago o quanto resta de tal chama,
E volto sem saber se existe amigo.
Marcos Loures
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