Bisonhas Garatujas
Guiando cada passo rumo ao nada
A vida se expressasse em mero ocaso,
E quando deste encanto eu me defaso
Atravessando a sorte imaginada,
Deleito-me singrando a velha estrada
E o quanto se desdenha nega o prazo
Restando muito pouco a cada atraso
A imagem distorcida ora apagada.
Matizes mais sombrios, nuvens, medo,
E a cada novo engano eu sigo ledo
E bêbado das dores contumazes,
Esbarro nos medonhos pesadelos
E quanto mais consiga percebê-los
Bisonhas garatujas tu me trazes.
Marcos Loures
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